E que se façam as ideias

E que se façam as ideias

terça-feira, 28 de setembro de 2010

нас больше не будет

нас больше не будет = nós não podemos ser mais

Mais uma vez inicio o meu post com um humilde pedido de desculpas. Caros fãs, apesar de minha arbitrariedade convosco, eu ainda me encontro desprovida de tempo e inspiração para relatar sobre a minha vida. Assumo que o título de meu post não é o melhor que poderia fazer, mas eu adoro essa música.
Sim, meu bem, estou muito bem. Não há nada a ser contestado em minha vida. Tout marche bien! Está tudo tão sintonizado em minha rotina. Acordo cedo, pego ônibus lotado, chego atrasada, nunca sei aonde é a minha sala, vou trabalhar, fico torcendo para ganhar uma gorjeta, chego cansada à casa e ainda tenho que aturar meu pai e o Moskow, contudo, possuo dinheiro na carteira!
A faculdade está me matando! E me desestimulando também. Não entendo essa gana do Marco Túlio (meu professor) de impor toneladas de textos e retirar ponto de que não os lê. Se eu não os ler que irá se ferrar não será eu? Logo, constato que não há necessidade para tal desperdício de paciência com seus alunos. Vai entender...
Não irei me delongar ao, mais uma vez, falar sobre o Valentin. Além do mais, nem há muito a ser dito e feito. Ele está lá e eu aqui. Sinto muita falta dele, tem dias que a saudade está tão intensa que nem consigo me focar em nada. A única coisa que eu posso fazer é aguardar o tempo passar e ver o que ele irá me conceder. E, mais uma vez, a vida está me mostrando e me ensinando que eu tenho que ter paciência e dar tempo ao tempo. O melhor de tudo é que Maria tem razão: "Izabela, apesar dessa distância toda entre vocês, você, com certeza, já esteve muito mais sozinha na vida". Além disso ser um comentário digno de Maria, ela não poderia ter sido mais clara e concisa ao me "consolar".

domingo, 12 de setembro de 2010

ты знаешь

ты знаешь = tu sabes
Antes de mais nada venho, através de meu blog, solicitar as devidas desculpas ao meu breve descaso com o mesmo. Esses últimos dois meses têm sido fadonhos para mim. Na realidade, os últimos 3 meses para ser justa comigo própria.
A vida é realmente bem engraçada e sempre respeita o tempo individual de cada um. Não sei se digo isso por ter uma visão utópica da vida ou se sou uma pessoa de sorte, mas, realmente não tenho do que reclamar de nada em minha vida, ao contrário, só agradecer. Sempre me julguei uma pessoa de sorte e espero continuar assim.
Não é segredo para ninguém o meu parecer sobre a minha vida privada, sempre gostei de ser bem transparente com todos ao meu redor, já que não são muitos. Realmente me envolvi pelo Valentin e, apesar dele ter voltado para a França e não termos mais nada, ainda gosto dele. Por mais breve que foi o nosso relacionamento, ele foi de suma importância para mim. Através dele reaprendi a me valorizar, a me amar, vi que sou tão humana quanto os outros, que relacionamentos podem ser bons, aprendi a construir algo juntos e finalmente percebi que não sou cabeça vazia como, por muitas vezes e por muitas pessoas, me julguei ser. Realmente acho tão impressionante as guinadas que a vida nos expõe. Nunca esperei viver algo assim de uma maneira tão súbita e intensa como foi. Apesar do pouquíssimo tempo que passamos juntos, quando me pego distraída pensando em tudo o que vivemos, a primeira coisa que me vem à mente é "ainda bem que vivemos tudo o que pudemos viver no tempo em que nos foi concedido". Não tenho àquela saudosa sensação de "eu deveria ter feito/dito aquilo", ao contrário, sinto muitas saudades de coisas que vivemos e não de coisas que deveríamos ter vivido.
Se iremos nos ver de novo isso eu não sei e só o tempo poderá nos responder. A única coisa que posso dizer sobre isso tudo é que eu realmente aprendi a não fechar os olhos e abaixar a cabeça só porque as coisas não têm dado certo e é fazendo isso que desperdiçamos o consolo de nosso desespero.