E que se façam as ideias

E que se façam as ideias

domingo, 12 de setembro de 2010

ты знаешь

ты знаешь = tu sabes
Antes de mais nada venho, através de meu blog, solicitar as devidas desculpas ao meu breve descaso com o mesmo. Esses últimos dois meses têm sido fadonhos para mim. Na realidade, os últimos 3 meses para ser justa comigo própria.
A vida é realmente bem engraçada e sempre respeita o tempo individual de cada um. Não sei se digo isso por ter uma visão utópica da vida ou se sou uma pessoa de sorte, mas, realmente não tenho do que reclamar de nada em minha vida, ao contrário, só agradecer. Sempre me julguei uma pessoa de sorte e espero continuar assim.
Não é segredo para ninguém o meu parecer sobre a minha vida privada, sempre gostei de ser bem transparente com todos ao meu redor, já que não são muitos. Realmente me envolvi pelo Valentin e, apesar dele ter voltado para a França e não termos mais nada, ainda gosto dele. Por mais breve que foi o nosso relacionamento, ele foi de suma importância para mim. Através dele reaprendi a me valorizar, a me amar, vi que sou tão humana quanto os outros, que relacionamentos podem ser bons, aprendi a construir algo juntos e finalmente percebi que não sou cabeça vazia como, por muitas vezes e por muitas pessoas, me julguei ser. Realmente acho tão impressionante as guinadas que a vida nos expõe. Nunca esperei viver algo assim de uma maneira tão súbita e intensa como foi. Apesar do pouquíssimo tempo que passamos juntos, quando me pego distraída pensando em tudo o que vivemos, a primeira coisa que me vem à mente é "ainda bem que vivemos tudo o que pudemos viver no tempo em que nos foi concedido". Não tenho àquela saudosa sensação de "eu deveria ter feito/dito aquilo", ao contrário, sinto muitas saudades de coisas que vivemos e não de coisas que deveríamos ter vivido.
Se iremos nos ver de novo isso eu não sei e só o tempo poderá nos responder. A única coisa que posso dizer sobre isso tudo é que eu realmente aprendi a não fechar os olhos e abaixar a cabeça só porque as coisas não têm dado certo e é fazendo isso que desperdiçamos o consolo de nosso desespero.