E que se façam as ideias

E que se façam as ideias

segunda-feira, 8 de março de 2010

жизнь

Essa deve ser a minha palavra favorita em russo: vida. Até a forma que ela é pronunciada, jízin, me atrai. Talvez, um dia, eu a tatue em minhas costas porque, pelo menos ao meu ver, a vida é o início e o fim de tudo.
Falando em vida, venho mais uma vez aqui para falar da minha vida. Não me sinto mais inútil e inválida como antes, porém ainda não consigo rever meus amigos. Já faz um enorme tempo em que não falo com o Marmello e todos os dias eu penso nele. Gostaria de saber como vai a nova vida de trabalhador e como foi o seu aniversário. Nem ao aniversário dele tive coragem de ir, sou um monstro.
Agora me sinto com uma ligeira calma em meu interior, porém não sinto felicidade completa. Não irei dizer agora o que ocorreu em minha vida, mas adianto que andei esperando por isso há um bom tempo. O pior de tudo é que eu sinto como se minha vida não estivesse completa, que sempre há algo que não permite obter os tão sonhados 100% ou que por mais eu tenha conquistado o que queria, tem algo no meio para dar errado. Talvez seja infantilidade de minha parte pensar assim, mas meus olhos hoje me mostram que cada dia que passa, a vida se mune de mais detalhes que para uns se tornam resistências e para outros, sorte.
Mas, infelizmente, só decoramos a lição quando pagamos um preço bem alto por ela e só isso nos faz certificar de que ela foi aprendida.